domingo, 6 de junho de 2010

Para o Norte.... Marche!

Escrevo agora de El Calafate, e já tem muitos quilometros rodados desde a partida de Ushuaia.

O plano inicial se mostrou muito bom, afinal dirigimos até Porvenir com bastante tempo e cautela, tinha gelo na pista e vimos dois acidentes. Paramos para aplicar as cadenas liquidas no pneu e nem tinha como ficar de pé na rodovia de tão escorregadio que estava o gelo.

Chegando em Porvenir fizemos logo a reserva da balsa e fomos num hostel que tinhamos visto no caminho. Yemendaia( agua profunda em Ono). O dono do lugar é o Vicente, filho de um designer industrial que virou um fotografo/ornitologo fodido. O pai do Vicente está lutando para montar uma reserva ecologica que já está conseguindo ter pinguins reais. E ele está montando um negócio de eco-turismo na Terra do fogo chilena, que está bem mais preservada do que a argentina. Diz que fica pronto em 2 anos. Um passeio que vai valer!

Claro que a cidade de porvenir com seus 10.000 habitantes não pareceu tão interessante quando a cama grande e o chuveiro quente. Além disso o proprio hostel tem um restaurante. Que rolou um peixe frito mas o bacana mesmo foi uma salada de Centolla, o caranguejo rei. O Vicente compra dos pescadores dali no verão e congela pro ano todo.

Depois disso o dia seguinte foi pegar a balsa para Punta Arenas. Na saida do porto tivemos até a companhia de golfinhos por algum tempo. Infelizmente vocês tem que acreditar em mim, já que não deu tempo de tirar foto.

Balsa no estreito de Magalhães.

Assim que desembarcamos chegamos a Punta Arenas, a tão famosa zona franca excelente para comprar eletronicos e todo o mais. Pois bem, fizemos o check in no hostel e fomos para as compras. A zona franca deixa muito a desejar em relação a ciudad del este, e rolou uma broxada geral.

Depois de dormir, acordar, fazer cambio e pegar estrada fomos em direção ao parque nacional de Torres del Paine, um local muito famoso e bonito.


Transpote em Torres del Paine.

Claro que como um refugio natural fora de temporada ninguem se importa com as condições das estradas. O plano era dormir num abrigo de montanhistas a 7 km da entrada do parque. Demoramos uma hora para percorrer esses 7 km, não achamos o refugio na noite e acabamos novamente dormindo no carro. Claro que antes comemos um pão com mortadela e tomamos um bom vinho de caixinha chileno.


Acomodações de luxo em Torres del Paine.

Depois dessa experiencia resolvemos simplesmente abandonar Torres del Paine, deve ser muito legal, muito bacana mas apenas no verão.

Mais uma fronteira para a argentina, mais muita estrada, agora pela Ruta 40, um estilo argentino da route 66. Muito ripio e muita fome. Acabamos montando acampamento de almoço, fizemos 3 miojos regados a gatorade. E em todo o tempo do acampamento só passaram  3 carros.

Almoço em restaurante na Ruta 40

Depois de tudo isso chegamos a El Calafate, check-in, banho e cama. A janta fizemos aqui mesmo, um mexidão de ovo com atun e cebola. Regado a cerveja e partilhado com um Canadense nascido em Honk Kong que perdeu o passaporte. O cara uma completa figura, várias histórias da viagem dele. Tudo num ingles bem enrolado.

E finalmente chegamos ao dia de hoje, que visitamos a maior pedra de gelo do mundo, chega a ser um desperdicio não ter a maior garrafa de whisky por perto, mas o espetáculo é impressionante.

 Pedra de gelo gigante sem wisky por perto em El Calafate.

Depois disso ainda fomos comer uma pizza de centolla. Uma excelente opção e para acompanhar uma cerveja artesanal local.

Palião na Ruta 40.

Agora é pegar estrada, mais um pouco de ruta 40 e depois voltar ao chile. Rumo a Carretera Austral.

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